Correlação
Correlação
A correlação é uma medida estatística que representa a relação entre duas ou mais variáveis e suas variações. Entenda agora como funciona esta métrica!
Quando se fala em correlação, é aconselhável olhar para as siderúrgicas ou petrolíferas e as commodities, assim será muito fácil de entender o que representa essa métrica. Como, por exemplo, o preço da ação da Petrobrás (PETR4) que tende a oscilar na mesma direção do preço do barril de petróleo ou o preço da ação da Vale (VALE3) que tende a oscilar na mesma direção do preço do ferro, níquel e cobre.
Abaixo, nós temos um exemplo prático da correlação entre o Índice VIX, que acompanha a volatilidade do S&P, e o Índice S&P ao longo do tempo.
O que é a correlação?
A correlação é uma medida estatística que representa a relação entre duas ou mais variáveis e suas variações. Essa estatística possui seu indicador, o coeficiente de correlação que varia entre -1 e 1. Apesar de medir a relação entre as variáveis, a correlação não indica causalidade, isto é, não indica que A causou B.
Equação do coeficiente de correlação
ρx y = Coeficiente de correlação produto-momento de Pearson
Cov (X, Y) = covariância das variáveis x e y
σx = desvio padrão de x
σy = desvio padrão de y
Tipos de correlação
Correlação positiva: As variáveis analisadas oscilam ou movimentam-se na mesma direção, ou seja, quando A se valoriza, B tende a se valorizar e vice-versa. A correlação positiva está entre 0 e 1.
Correlação negativa: Já neste caso, as variáveis têm uma movimentação oposta, ou seja, quando A se valoriza, B tende a se desvalorizar e vice-versa. A correlação negativa está entre -1 e 0.
Principais usos da correlação
Hedge (Proteção)
→ Diversificação inteligente: Para explicar o que queremos dizer com “Diversificação inteligente”, vamos usar uma carteira teórica de um indivíduo teórico.
A carteira do investidor é composta por: Multiplan (MULT3), XP Malls (XPML11), Iguatemi (IGTA3), Vinci Shopping Centers (VISC11) e BRMalls (BRML3).
A priori, a pessoa pode imaginar erroneamente que está diversificada. Porém, se calcular o coeficiente de correlação desses papéis, o número será próximo, ou seja, o investidor não está com a carteira diversificada.
Para buscar a diversificação, de fato, é importante observar a correlação entre os ativos e, assim, procurar correlação negativas entre esses.
Localizar divergências
→ Mudança significativa na correlação histórica: Ao notarmos uma mudança notável e anormal na correlação entre duas variáveis, é necessário que tenhamos uma nova análise qualitativa e quantitativa detalhada de cada variável. Para ficar mais claro e simples, usaremos alguns exemplos:
As ações de bancos tendem a ter uma correlação positiva com a taxa de juros devido as suas operações de crédito, ou seja, se a taxa de juros de uma nação aumenta, essas ações tendem a se valorizar. No entanto, no cenário em que as ações de um banco não se valorizam com a alta dos juros, pode ter algum problema interno com a instituição.
Além disso, há o exemplo da relação entre dividendos dos Fundos de papel e as alocações por indexador dos CRIs. Como é o caso abaixo, em que o HGCR, após sua emissão de novas cotas, optou por aumentar consideravelmente sua exposição ao CDI, o que antes era muito tímida. Assim, a “antiga” correlação que havia com IPCA possivelmente será enfraquecida e a correlação que tinha com CDI será intensamente beneficiada.