VIESES COMPORTAMENTAIS DO INVESTIDOR

OS PRINCIPAIS VIESES COMPORTAMENTAIS DO INVESTIDOR E COMO EVITÁ-LOS

Neste artigo o pessoal da Financia Company explica quais são os viéses comportamentais dos investidores ao tomar decisões na Bolsa de Valores, confira!

O que são vieses comportamentais?

Para tomar uma decisão financeira, os investidores buscam analisar as opções de investimento disponíveis, a relação risco retorno de cada tipo de investimento e utilizam conhecimento técnico que possuem sobre finanças para que possam tomar a decisão mais racional possível.

No entanto, por meio da publicação do influente artigo elaborado por Tversky e Kahneman (1974), os autores demonstraram que muitas decisões importantes são baseadas em um número limitado dos chamados “princípios heurísticos”, que nada mais são do que atalhos mentais, que servem para agilizar e facilitar o processo de tomada de decisão, porém que podem nos induzir a julgamentos que se desviam da racionalidade e consequentemente nos levam a decisões equivocadas. Esses erros de julgamento são os chamados “vieses comportamentais”.

Sabendo que os vieses são capazes de conduzir os investidores a decisões errôneas que são tomadas de forma quase que automática, listamos nesse texto os principais vieses comportamentais que podem afetar negativamente o processo decisório do investidor. Isso porque, o primeiro passo para evitar que os vieses façam parte da sua tomada de decisão é conhecê-los.

1. Viés do senso de controle (Excesso de Confiança)

Ocorre quando os investidores caem na armadilha de superestimar suas habilidades de investimento ou atribuir peso demais à sua intuição. Este viés causa momentos em que, por exemplo, o investidor opta por se expor exageradamente à algum ativo devido a sua certeza que seu preço irá subir. Porém, quando se trata de investir, não existe bola de cristal e é impossível saber com certeza os rumos do mercado. O excesso de confiança afeta nossa capacidade de tomar decisões de investimento sólidas com base nos fatos em questão.

Existem evidências científicas de que investidores com excesso de confiança negociam com mais frequência e não diversificam adequadamente seu portfólio. Essas descobertas são importantes, pois é preciso considerar que é essencial manter uma boa diversificação para diminuir o risco que todos estão sujeitos e que investidores que fazem muitas e frequentes negociações tendem na média a ter rentabilidade inferior aos que operam pouco.

Para que este viés não te atinja, é preciso lembrar que toda negociação que está prestes a fazer devido a sua convicção, seja uma operação Long ou Short, existe alguém por trás dela acreditando exatamente o oposto do que você acredita. É preciso sempre reavaliar com cuidado os riscos da operação e combinar informações de diferentes fontes durante suas análises.

2. Viés da Confirmação

O viés da confirmação está diretamente relacionado ao excesso de confiança. É basicamente o ato do investidor analisar apenas as informações que atestem e confirmem sua opinião formada sobre determinado ativo. O investidor ouve apenas os analistas e amigos que concordam com ele e ignora os que discordam, além de ignorar os riscos que envolvem determinado investimento, analisando apenas os pontos positivos.

Este viés faz com que o investidor procure apenas por informações que apoiem suas crenças iniciais e ignore ou atribua menor peso às informações que as contrariam. Assim como comentado no viés anterior, umas das maneiras de superar esse viés é considerar informações de várias fontes. Além disso, é recomendável que o investidor sempre esteja aberto a opiniões contrárias, para saber os motivos que elas possuem e considerar essas informações antes de tomar uma decisão.

3. Aversão a perda

Se trata de um dos vieses mais conhecidos pelos investidores. Este viés considera que as pessoas tendem a sentir mais a dor da perda do que a alegria dos ganhos. A aversão à perda leva à negatividade, o que faz com que os investidores deem mais importância às más notícias do que às boas.

Uma das consequências comuns de pessoas que se deixam levar por este viés, é quando o investidor possui determinado investimento que vem lhe dando prejuízos há algum tempo e mesmo que esse prejuízo seja justificável pelas novas informações que surgiram depois ou novas e melhores oportunidades de investimento surjam, o investidor opte por insistir no investimento na esperança de reverter suas perdas.

Além disso, o viés pode causar problemas mesmo em situações de rentabilidade positiva. quando o ativo investido está em uma posição de ganho, o investidor busca a satisfação imediata do lucro, vendendo tudo e muitas vezes deixando de ter um retorno ainda maior no longo prazo, devido ao medo de perder o lucro que possuía.

Como forma de evitar estar sujeito a este viés, é recomendável sempre discutir com outros investidores sobre as expectativas do mercado e o gerenciamento das emoções durante as recessões e crises. Também é necessário sempre reavaliar suas posições e se ater ao custo de oportunidade, de modo que novas e melhores alternativas que surgirem sejam aproveitadas mesmo que para isso, seja necessário realizar o prejuízo de investimentos anteriores.

4. Viés da ancoragem

O viés de ancoragem é a tendência de se ancorar, ou seja, de confiar demais em uma referência passada ou uma informação ao tomar uma decisão. Muitos estudos acadêmicos na área de finanças constaram o poder da ancoragem na tomada de decisões.

 Os estudos normalmente fazem com que as pessoas se concentrem em itens como o ano de nascimento ou a idade antes de serem solicitadas a atribuir um valor a algo. Os resultados revelam que as pessoas são influenciadas em suas respostas, ou ancoradas, no número aleatório em que se concentraram antes de serem questionadas.

Um exemplo clássico que pode ser citado é se você ver um carro que custa $ 50.000 e outro que custa $ 20.000. Você pode ser influenciado a pensar que o segundo carro é muito barato. Por outro lado, se você visse um carro de $ 15.000 primeiro e os de $ 20.000 depois, pode pensar que o carro de $ 20.000 que é caro, devido a estar ancorado na informação anterior.

Do ponto de vista de investimentos, as pessoas podem ficar ancoradas em uma notícia recente que ouviram e desperdiçar boas oportunidades que trariam altos retornos no futuro, ou até mesmo, simplesmente investir nas ações que mais subiram no mês anterior, por achar que o mercado tende a continuar subindo e elas continuaram no topo.

Uma forma de evitar o viés é estar sempre atento e reavaliando seus parâmetros utilizados para avaliar um investimento, pois eles podem ser apenas âncoras e não sejam aplicáveis ao cenário atual.

5. Viés do pensamento de grupo (Efeito manada)

O viés do pensamento de grupo, ou efeito manada, como é mais conhecido, descreve uma tomada de decisão movida simplesmente pelo fato de que outras pessoas fazem (ou acreditam) o mesmo, ou seja, os investidores que se deixam levar por este viés, fazem algo principalmente porque outros investidores estão fazendo, sem fazer sua própria avaliação.

Este efeito, é um processo de pensamento que ocorre quando uma pessoa não quer ficar de fora de uma tendência ou movimento. Só porque o rebanho maior está comprando determinado tipo de investimento, não significa que essa seja a atitude certa para cada investidor, pois, é preciso considerar o seu próprio perfil de investidor. Além disso, o “rebanho”, pode estar completamente errado. As bolhas especulativas são normalmente o resultado do pensamento de grupo e da mentalidade de rebanho.

Para evitar as armadilhas do efeito manada, vale lembrar do famoso poema de Robert Frost, The Road Not Taken, em que ele escreve: “Duas estradas se divergiam em uma floresta e eu, peguei a menos percorrida, E isso fez toda a diferença.” Isso não significa que você deva fazer o oposto do rebanho, significa que se sua análise concluir que você deva seguir o caminho menos percorrido, não hesite.

6. Viés de enquadramento

O viés de enquadramento acontece quando uma pessoa processa as mesmas informações de maneira diferente, dependendo de como ela é apresentada e recebida. Isso faz com que um investidor tenha uma opinião diferente acerca de um investimento dependendo da forma que este lhe é apresentado.

Um exemplo que pode ser usado se refere à uma notícia do resultado de uma empresa que apresenta um lucro líquido de $100 milhões:

  • “No 4T a empresa reportou um lucro líquido de 100 milhões, a projeção realizada era de 120 milhões”.
  • “No 4T a empresa reportou um lucro líquido de 100 milhões, em comparação com os 80 milhões do trimestre anterior”.

Ambas as manchetes trazem a mesma informação: o lucro de 100 milhões, no entanto, a segunda soa muito melhor. Por isso, é sempre necessário buscar avaliar os investimentos por todos os ângulos, de vários pontos de vistas para que sua decisão não seja influenciada por este viés.

7. Viés retrospectivo

“Eu sabia que isso iria acontecer”. Com certeza você já deve ter ouvido essa frase, ou até mesmo falado. É comum o seu uso depois de algum acontecimento não desejável. Ao olhar para o passado, o investidor tende a achar que os eventos passados eram totalmente previsíveis e óbvios, mesmo que na realidade, os acontecimentos não eram facilmente previstos.

Este viés pode levar as pessoas a concluir que podem prever outros eventos com precisão, fazendo-as cometer erros graves no futuro. Além disso, o viés retrospectivo é um estado de espírito perigoso, pois turva sua objetividade na avaliação de decisões de investimento anteriores e inibe sua capacidade de aprender com os erros do passado.

Uma forma de reduzir o viés retrospectivo é escrevendo suas expectativas acerca dos ativos nos quais analisou. Isso fará com que seu cérebro não consiga te enganar facilmente fazendo você acreditar que já sábia. O viés acontece justamente porque não é agradável reconhecer erros, mas é necessário, o mercado financeiro exige aprendizado constante, e errar pode ser uma boa forma de aprender.

8. Bônus: As emoções

Além dos vieses comportamentais é valido lembrar que o investidor ainda pode ser afetado por diversos sentimentos e emoções que também podem causar prejuízos. Sentimentos como medo e ganância são capazes de transformar os investimentos em simplesmente apostas, nas quais são baseadas puramente em emoção e intuição.

O medo aflige principalmente àqueles que nem começaram a investir e também aos investidores mais conservadores, que por vezes preferem não arriscar em ativos de renda variável. Este medo pode ser avaliado de dois pontos de vista. Por um lado, os protege de perdas e prejuízos que podem acontecer. Por outro lado, limita os ganhos que seriam proporcionados se estivessem algum tipo de exposição à ativos mais arriscados. Com tudo isso, é recomendável que se comece com pouco e aumente sua exposição com o passar do tempo, à medida que adquiri mais conhecimento e mais confiança.

A ambição pode ser avaliada como um combustível no início, pode ser o ponto de partida para o mundo dos investimentos. Com o passar do tempo é preciso sempre tomar cuidado para que a ambição não seja transformada em ganância, pois ela traz a ideia de que nada nunca é suficiente.

A ganância é capaz de fazer com que o investidor faça absurdos para aumentar o seu retorno. O problema principal é que só é visto como absurdo por quem faz depois que dá errado. Então, sempre diversifique seu patrimônio e cuidado para não ser consumido pelas emoções.

Não basta ser extremamente inteligente, possuir um conhecimento técnico sobre finanças e investimentos em um nível elevado, ter a sua disposição as melhores ferramentas e a melhor estratégia de investimento se o fator psicológico for um empecilho. É preciso sempre tentar ao máximo manter as emoções sob controle.

Apesar de tudo isso, nossos mecanismos emocionais e cognitivos trabalham juntos e são praticamente indissociáveis. Há quem diga até que uma decisão baseada na emoção ou intuição pode ser uma decisão tão boa quanto, ou até melhor do que eu uma decisão realizada racionalmente após todo um processo de análise sistematizado.  No entanto, é difícil saber se essas decisões certeiras são reflexo de uma boa intuição ou fruto do mero acaso e da sorte.

Encerramento

É praticamente certo que em algum momento já fomos afetados por algum dos vieses comportamentais. Mas como já foi dito no início, o primeiro passo para não ser afetado pelos vieses é conhece-los. Existe uma gama imensa de vieses que podem afetar a tomada de decisão das pessoas, não só no âmbito de investimentos, mas também em outras áreas da vida. No artigo, tratamos dos principais deles.

Ter uma estratégia de investimento bem definida, sem dúvidas, ajuda muito a evitar os vieses. Para isso, construa sua estratégia de modo que se torne um processo analítico bem detalhado, no qual você siga tendo planejado o que fazer diante de cada situação. Dessa forma, você evitaria decisões equivocadas feitas pelo “calor do momento”.

Referências

Abreu, M., & Mendes, V. (2012). Information, overconfidence and trading: Do the sources of information matter? Journal of Economic Psychology, 33(4), 868–881. https://doi.org/10.1016/j.joep.2012.04.003

Goetzmann, W. N., & Kumar, A. (2008). Equity Portfolio Diversification. Review of Finance, 12(3), 433–463. https://doi.org/10.1093/rof/rfn005

Kahneman, D. (2012). Rápido e devagar (1st ed.). Objetiva: Rio de Janeiro, Brasil.

Kahneman, D., & Tversky, A. (1979). On the interpretation of intuitive probability: A reply to Jonathan Cohen. Cognition, 7(4), 409–411. https://doi.org/10.1016/0010-0277(79)90024-6

Tversky, A., & Kahneman, D. (1974). Judgment under Uncertainty: Heuristics and Biases. Science, 185(4157), 1124–1131. https://doi.org/10.1126/science.185.4157.1124

Juros Simples e Juros Compostos

Juros Simples e Juros Compostos

Os Juros Simples e Juros Compostos são conceitos muito utilizados na matemática financeira e todo investidor deve entender o que eles significam e quando usar cada um, conheça agora os Juros Simples e Juros Compostos!

O que são Juros?

Os juros são uma remuneração que corresponde ao valor do dinheiro emprestado, ou seja, quando alguém pega um capital emprestado, ela deverá devolver não apenas o valor total, mas uma parte a mais que é referente ao tempo em que o dinheiro ficou em suas mãos.

 

O mesmo acontece para os investimentos, todo investimento possui uma taxa de rentabilidade, que é utilizada nas fórmulas matemáticas dos juros, porém, existe uma grande diferença ente Juros Simples e Juros Compostos.

Juros Simples

Os Juros Simples são a forma mais básica de remunerar um investimento ou cobrar um empréstimo.

Os Juros Simples utilizam o mesmo valor para o capital aplicado no início do cálculo, até o final, de forma que o rendimento da aplicação não entra para o cálculo dos juros do próximo período.

A remuneração através do regime de Juros Simples é utilizada em empréstimos para aquisição de veículos e em linhas de crédito.

A fórmula para os Juros Simples é:

Onde:

J = Valor dos Juros Simples [R$];

C = Capital aplicado [R$];

i = Taxa de juros [sem dimensão];

t = Tempo de aplicação [meses ou anos].

Assim, o valor dos juros é sempre o mesmo a cada período e a fórmula acima retorna o valor total dos juros. Para saber o valor total que o investidor deverá recuperar no final do período de aplicação basta somar o capital investido ao total de juros.

Onde:

M = Valor do Montante [R$];

C = Capital aplicado [R$];

J = Valor dos Juros Simples [R$].

Juros Compostos

Os Juros Compostos são muito mais utilizados no dia a dia do mercado financeiro e eles funcionam de uma forma um pouco diferente.

Neste caso os juros de cada período têm valores diferentes, isso acontece porque o valor dos juros é incorporado ao capital da aplicação a cada período.

É importante dizer que esta forma de calcular os juros é muito mais influenciada pelo tempo, ou seja, no longo prazo uma aplicação sujeita ao regime de juros compostos apresenta um retorno muito maior do que os juros simples.

A remuneração através do regime de Juros Compostos é largamente utilizada no mercado em diversas aplicações diferentes.

A fórmula para os juros compostos é:

Onde:

J = Valor total dos Juros Compostos [R$];

C = Capital aplicado [R$];

i = Taxa de Juros [sem dimensão];

t = Tempo de aplicação [meses ou anos];

Assim, o valor dos juros muda de período a período, pois é incrementado ao capital aplicado, note que a fórmula dos Juros Compostos é mais complexa. Para descobrir o valor que o investidor receberá no final do período basta somar o capital aplicado ao total de juros.

Onde:

M = Valor do Montante [R$];

C = Capital aplicado [R$];

J = Valor total dos Juros Compostos [R$].

Exemplo de aplicação

Para demonstrara diferença entre a remuneração por Juros Simples e Compostos vamos pensar em uma aplicação de R$ 5.000,00 a uma taxa de juros de 0,6% ao mês, além disso, o investidor irá aportar R$ 500,00 de seu salário todos os meses durante 30 anos.

Nesta simulação é possível perceber o poder incrível que os Juros Compostos têm, depois de 40 anos, através do Juros Simples é possível transformar R$ 5.000,00 em R$ 19.000,00 e através dos Juros Composto, em mais de R$ 1.000.000,00!

Este é o poder dos juros sobre juros, por isso sempre utilize os Juros Compostos para realizar projeções de investimento ou dívidas.

Fontes

www.blog.nubank.com.br

Independência Financeira

Independência Financeira

A Independência Financeira é o sonho de muitas pessoas que começam a investir, mas muitos não têm um plano bem definido para alcançar este objetivo, entenda agora o que é a independência financeira e como alcançá-la!

O que é Independência Financeira?

Independência Financeira é um objetivo que muitos investidores colocam como meta no longo prazo, basicamente significa ser independente de um trabalho para custear os gastos na sua vida.

Ser Independente Financeiramente significa ser capaz de parar de trabalhar (se esse for um desejo) e viver apenas da renda gerada pelo capital investido, mantendo o padrão de vida atual.

Assim, o investidor que alcançou a Independência Financeira pode gastar mais tempo e atenção com atividades que lhe dão mais prazer, como lazer e tempo com a família, sem se preocupar com o salário no final do mês.

Padrão de vida

É importante dizer que a Independência Financeira se refere à capacidade do investimento custear o padrão de vida atual do investidor, isso significa que não é possível aumentar a padrão de vida em um ritmo maior do que os juros permitem.

Por exemplo, imagine uma pessoa que tem um custo de vida de R$ 5.000,00 por mês, de forma que esse dinheiro satisfaça todas as suas necessidades e desejos. Ao alcançar a Independência Financeira e um retorno de R$ 5.000,00 através de seus investimentos, o seu padrão de vida não pode aumentar para R$ 10.000,00, porque, neste caso, ela não pode simplesmente parar de trabalhar.

O ideal para uma situação de Independência Financeira é um retorno que pague as suas contas e ainda permita investir uma parte, para aumentar o patrimônio no longo prazo.

Como alcançar?

O primeiro passo para a Independência Financeira é entender o valor do dinheiro no tempo, quanto mais cedo começar a pensar nisso, melhor para você.

Isso acontece porque os juros compostos trabalham muito melhor quando estamos falando sobre o longo prazo.

Para obter um retorno interessante em um investimento, é preciso dar atenção a 3 variáveis:

  • Capital aplicado;
  • Rentabilidade;
  • Tempo.

Estes 3 fatores sem dúvida têm grande importância na construção do patrimônio no longo prazo, mas é importante deixar claro que o tempo é o que tem maior influência.

Fases da Independência Financeira

Para organizar a jornada até a Independência Financeira, o investidor passa por 4 fases principais:

  1. Independência das dívidas: O primeiro passo para organizar a sua vida financeira é se livrar das dívidas, o verdadeiro problema das dívidas não está no valor da dívida, mas sim no valor dos juros pagos ao longo do tempo, por isso, inicialmente, é preciso pagar todas as suas dívidas;
  2. Independência de curto prazo: Este estágio também pode ser chamado de reserva de emergência, no qual é possível viver do capital acumulado por algum tempo sem cair no desespero, porém ainda não é possível viver apenas dos rendimentos;
  3. Independência de emprego: Nesta fase, os retornos dos investimentos já são maiores, o que significa que o investidor é capaz de viver dos rendimentos por mais tempo caso aconteça alguma coisa com a principal fonte de renda;
  4. Independência total: Esta é a última fase da Independência Financeira, neste estágio é possível não apenas viver dos rendimentos gerados pelo capital investido, mas também gerar um rendimento a mais, que é usado para reinvestir nas aplicações escolhidas.

Investimentos

Até agora foi possível perceber que é necessário investir o dinheiro obtido através do salário para alcançar a Independência Financeira.

Por isso, é importante saber que quanto mais ativos o investidor acumular, mais fácil será alcançar este tão sonhado objetivo, e quanto mais passivos o investidor adquirir, mais difícil será.

Lembrando que os ativos são tudo o que se pode comprar e que trará mais dinheiro ao comprador no futuro, já os passivos são tudo o que se pode comprar, mas que não trará um retorno financeiro futuramente.

Exemplos de ativos:

  • Imóveis (com foco em renda);
  • Ações;
  • Títulos (Públicos ou Privados);
  • Fundos de investimento;
  • Terrenos;

Exemplos de passivos:

  • Contas no geral;
  • Empréstimos;
  • Necessidades básicas;
  • Gastos supérfluos.

Assim, é preciso dar muita atenção aos seus gastos, ao planejar a sua Independência Financeira, cada detalhe sobre os seus ativos e seus passivos devem estar muito bem organizados.

Fontes

Quando vender uma ação?

Quando vender uma ação?

Quando alguém compra uma ação, provavelmente pensou em alguma estratégia para futuramente vender esse ativo. Sua estratégia pode ser lucrar com a alta do ativo no curto prazo, no médio prazo. Pode investir pensando no longo prazo e nos dividendos que essa empresa vai te pagar com o passar do tempo. Entenda agora os motivos para vender uma ação!

Motivos para vender uma ação

Do mesmo jeito que você compra, uma hora você vai vender essas ações.

Existem algumas situações que podem te motivar a vender uma ação, e vamos abordar isso nesse artigo. A referência veio do Thiago Nigro, mas não é porque concordamos com essas situações que você também precisa concordar! Agora vamos lá, são 5 motivos que podem te levar a vender uma ação.

  • Mudança drástica na governança.

O que isso significa? Governança nada mais é do que quem comanda a empresa. Os líderes, presidentes, diretores e etc.

E o comando da empresa pode ser um baita fator determinante na hora de comprar uma ação. Se pessoas excelentes tomam as decisões na empresa, isso é uma bela vantagem competitiva. E aí se sua carteira tem ativos que valorizam a governança e de um momento para outro, as pessoas no comando mudam e se a nova governança não for tão qualificada ou ainda melhor que a outra, essa pode ser uma situação que motiva a vender uma ação. 

  • O preço está maior que o valor.

O preço que a ação está sendo negociada, é maior ou bem maior que o valor que realmente aquela empresa vale. Então, se na sua análise, a empresa vale 50 reais e na bolsa de valores ela está sendo negociada a 120 reais, o preço dela está mais que o dobro do que você considera justo e isso pode ser uma oportunidade para você vender esse ativo, para pelo menos refazer suas contas do valor. Exemplificando, você tem uma nota de 100 reais e alguém te oferece trocar ela por uma nota de 20 reais. Aaaacho que você não aceitaria essa troca né! Mas no mercado financeiro as vezes acontece umas loucuras dessa, então fica esperto para aproveitar.

  • Alto custo de oportunidade.

Esse caso é quase o inverso do anterior, ou seja. Depois dos seus estudos e suas análises, você encontrou o valor justo da ação e quando vai ver, ela ta sendo negociada por menos do que suas contas. SE suas contas estão certas, vale a pena comprar essas ações para compor sua carteira. Se acontecer uma black friday na B3, por que não aproveitar igual as outras? Isso é o custo de oportunidade.

  • Rebalanceamento de carteira.

Sempre bom lembrar que uma carteira de investimentos precisa ser balanceada e equilibrada, então nada de investir tudo em ações, de não diversificar os setores das ações, o famoso ditado de não colocar todos os ovos na mesma cesta, porque se essa cesta caí e quebra tudo, era uma vez seu dinheiro. E dinheiro perdido não volta mais ;(

E partindo do ponto que sua carteira é bem diversificada, provavelmente alguns ativos vão subir mais que outros no curto prazo. E com isso, a participação dessa empresa vai ficar maior que a participação das outras, essa situação pode motivar a vender um pouco dessa posição para equilibrar sua carteira e não se expor mais do que deveria aos riscos.

Um rápido exemplo, uma carteira investe R$100.000,00 em 2 empresas, a Bull e a Seye,  50% em cada uma (R$50.000,00 em cada).

Se Bull sobe 40% em um mês e a Seye fica em linha reta, agora a carteira tem R$120.000,00 no total. E a Bull que tinha 50% da sua carteira, agora compõe 60% e a Seye 40%. Nesse caso, pode ser interessante vender um pouco do lucro da Bull para equilibrar a carteira.

  • O último motivo e mais triste situação para vender uma ação, é vender por necessidade financeira.

 Você precisa de dinheiro e sua única opção é vender suas ações para pagar. Essa situação é triste porque talvez seu orçamento pessoal não esteja correto e em caso de imprevisto, o dinheiro deveria ser retirado da reserva de emergência ao invés da carteira de ações. Então é importante manter as finanças organizadas para evitar ao máximo alcançar essa situação de venda de ações.

Conclusão

Essas são as cinco situações que podem levar o investidor a vender suas ações. Então é necessário manter o estudo sobre a carteira em dia, para garantir que não está pagando mais ou menos do que ela deveria e se estão acontecendo decisões internas que podem alterar o valor futuramente.  E o mais importante, controlar o orçamento para não vender em caso de necessidade financeira.

Para finalizar, sempre que existe venda de ações, pode existir a necessidade de pagamento de imposto de renda sobre essa venda. É necessário pagar imposto de renda se a venda excedeu R$20.000,00 no mês e também se houve lucro nessa venda. Tem um artigo que explica como funciona o cálculo e essa situação de pagamento de imposto de renda na venda de ações.

ESG

ESG

ESG é uma sigla que representa Environmental, social and governance. Em português existe o termo ASG, que é Ambiental, social e governança.

Então, são três critérios que medem os impactos que empresas atuam nas três frentes que representam a sigla, entenda agora a importância deste termo no mercado!

Agora, o que isso quer dizer? Por que ESG está cada vez com mais destaque e quais motivos que as empresas e investidores valorizam essas iniciativas?

O termo ESG surgiu para apresentar melhores práticas sociais, administrativas e ambientais que as empresas buscam para reduzir os danos que podem produzir em outras frentes.

Em um panorama global que começa a indicar que não são apenas índices financeiros que são valorizados para o investidor, os pilares de sustentabilidade vem sendo cada vez mais valorizados.

Explorando melhor o significado da sigla,

Environmental (Ambiental) representa práticas em favor da conservação do meio ambiente. Medidas com caráter de menor exploração de recursos finitos, poluição, aquecimento global e emissão de gás carbônico são os principais assuntos abordados.

Social (Social) demonstra valorizar os colaboradores que fazem parte das empresas, como foco em saúde mental e bem-estar. Além disso, existe a proposta de desenvolver a comunidade do entorno onde a empresa está instalada.

Governance (Governança) reflete a colaboração da alta gerência da empresa referente a conduta corporativa, ética no trabalho e compliance por exemplo.

O destaque do ESG

O relativamente novo destaque de ESG no mercado, acontece porque os consumidores começaram a valorizar essas boas práticas. Então o fato de empresas apresentarem responsabilidades com meio ambiente, buscar o bem estar de seus colaboradores e também buscar desenvolver a comunidade ao redor, tem se apresentado como possível diferencial no momento de compra desses consumidores. Consequentemente, os investidores começaram a ficar atentos nessas práticas, uma vez que pode ser um diferencial competitivo e ainda desenvolver soluções para desenvolver a comunidade e também valorizar o impacto ambiental. Tudo isso alinhado ao fato de que estudos apresentam que no longo prazo, empresas que valorizam os aspectos ESG tendem a apresentar melhores resultados e maior lucratividade, além de estar menos sujeitas a instabilidades internas e externas.

Atitudes e práticas de ESG

Podemos destacar algumas iniciativas recentes que refletem na prática as atitudes que empresas estão tomando para se enquadrar em aspectos ASG. Muito se observa de compensação de créditos de carbono em setores poluentes (exploração de petróleo e transporte) por exemplo. Desenvolvimento e utilização de embalagens reutilizáveis e/ou recicláveis. Tanto a questão de emissão de carbono quanto de embalagens sustentáveis, pode ser destacada as atitudes do Ifood para isso.

Em relação ao meio ambiente, também é notável a importância de utilização de energias limpas e renováveis e como isso pode cada vez mais ser diferencial. A Tesla, do famoso Elon Musk, aceitava pagamentos em Bitcoin, o que impulsionou uma forte alta da criptomoeda. Depois, a empresa retirou esse meio de pagamento ao afirmar que a mineração de Bitcoin consome muita energia e que enquanto não houvesse evidências de que a mineração seria feita com energias limpas e renováveis, o pagamento por Bitcoin estaria suspenso, o que motivou uma forte queda do criptoativo.

Nas frentes social e de governança, políticas que valorizem diversidade, saúde mental, compliance, assim como realizar, promover e patrocinar projetos e iniciativas sociais para desenvolver a comunidade, são valorizadas por consumidores e investidores. Basicamente, quanto mais transparência e veracidade na divulgação de informações, maior credibilidade com investidores e consumidores.

Como investir em ESG

Atualmente, tem ficado cada vez mais acessível investir seu dinheiro em empresas que valorizam e aplicam políticas ESG. Na bolsa de valores por exemplo, existem alguns índices que englobam empresas com sustentabilidade empresarial (ISE), Governança corporativa e também carbono eficiente (ICO2). Avaliar essas empresas pode ser um primeiro passo interessante para investir em ativos ASG.

Outra alternativa é investir em ETFs, onde os gestores investem nessas empresas e pode ser uma diversificação interessante na carteira. Na B3, até então, o único ETF ESG é o ESGB11, do BTG Pactual.

Ainda é importante destacar, que é importante garantir que as empresas efetivamente cumprem o que prometem, e não apenas prometem atitudes e políticas ESG e na prática não executam nada. Existe o termo de greenwashing para se referir a empresas que se aproveitam da tendência mas apenas na questão externa ao público, porém internamente não praticam nada do que dizem.

E você? Acredita que ESG tende a ser cada vez mais valorizado? E qual a importância de práticas ASG no momento em que toma uma decisão de investimento?

Fontes

www.mundofinanceiro.com.br

SHORT SQUEEZE

SHORT SQUEEZE

           Em um fórum chamado Wallstreetbets, do Reditt, com cerca de 5 milhões de inscritos, houve uma movimentação por parte dos pequenos investidores pessoas físicas para especular e comprar em peso as ações da empresa GameStop.

           Então, iniciou a bola de neve, conforme as posições foram montadas pelas “sardinhas” e a ação foi valorizando, diversos big players como os fundos de hedge, os quais podem operar vendidos (short), foram quase que obrigados a realizar o prejuízo de suas operações e, consequentemente, a ação valorizou-se cada vez mais devido a recompra dos fundos.

           Para exemplificar, vamos citar o fundo de hedge da Melvin Capital que era um desse big players que operavam “short” durante a manobra feita pelas “sardinhas”. Em janeiro de 2021, o fundo teve um prejuízo em torno de 53% em seus investimentos e, apesar de negar que foi um resgate, o fundo recebeu uma quantia de U$2,75 milhões no mesmo mês.

           Nós chamamos aquela gigantesca bola de neve de Short Squeeze.

O que é Short Squeeze?

Movimento imprevisto de forte alta do preço de uma ação, causado pelo fechamento de posições (recompra de ações) de investidores vendidos que em muitos casos são os big players do mercado.

Motivos para que aconteça um Short Squeeze

→ Elevação inesperada do preço do ativo e solicitação de devolução de quem aluga

→ Desinteresse em continuar na operação por parte dos investidores que alugam

→ O aluguel apresenta uma taxa muito elevada

→ Aproximação do limite de free float (20% no Brasil)

Há como prever um Short Squeeze?

Prever em si, não. Mas o mercado por meio de métricas indica alguns sinais do possível Short Squeeze. Quanto maior forem essas métricas, maior será a chance de acontecer. Essas métricas são:

→ Proporção de ações alugadas e ações que estão disponíveis no mercado.

→ Proporção entre ações alugadas e o volume de operações que vem sendo realizado com o ativo.

As 5 forças de Porter

As 5 forças de Porter

Ao analisar uma empresa, é preciso saber o posicionamento dela no mercado, seu nicho, seus concorrentes, seus produtos, a influência que a empresa possui no ramo e outras análises que não se baseiam nos números de fato. Essas 5 forças de Porter são pontos interessantes de se analisar ao entorno do negócio.

Quais são essas 5 forças?

1 – Ameaça de produtos substitutos;

2 – Ameaça de entrada de novos concorrentes;

3 – Poder de negociação dos clientes;

4 – Poder de negociação dos fornecedores e

5 – Rivalidade entre os concorrentes.

1 - Ameaça de produtos substitutos.

Produtos substitutos são aqueles que, em termos de funcionalidade, funcionam de forma semelhante ao seu produto. Um produto com muitos substitutos terá uma parte menor do mercado.

Ex: carne de boi e carne de frango.

2 - Ameaça de entrada de novos concorrentes.

Analisar se há barreiras de entrada nesse mercado, como um alto capital inicial ou uma necessidade de informação. Deve analisar a diferença dessa empresa com outras empresas novas e modernas.

Ex: hamburgueres tradicionais e novos vegetarianos

3 - Poder de negociação dos clientes.

Trata-se da capacidade dos clientes pressionarem a empresa e conseguirem melhores negociações.

Ex: uma empresa com poucos clientes depende muito deles, tornando-os mais “fortes”.

4 – Poder de negociação dos fornecedores.

Semelhante ao poder de negociação dos clientes, esse poder trata-se da capacidade dos fornecedores pressionarem a empresa e conseguirem melhores negociações.

Ex: uma empresa que depende de um monopolista de algum produto, tornando-o caro.

5 - Rivalidade entre os concorrentes.

O último poder fala da concorrência, uma alta quantidade de concorrentes traz uma competição de preços, trazendo lucros menores, altos investimentos em captação de clientes, entre outras formas de competir no mercado.

Ex: um mercado com muitos bancos, seria necessário ganhar com as menores taxas ou cortando custos, o que diminui os lucros da empresa.

Setores da Bolsa de Valores

Setores da Bolsa de Valores

Os setores da Bolsa de Valores são classificações das empresas listadas de acordo com o que fazem e produzem e conhecer quais são estas classificações é muito importante para a tomada de decisão do investidor, conheça agora os setores da bolsa!

O que são os setores da bolsa?

Os setores da bolsa são as diferentes categorias em que as empresas listadas na Bolsa de Valores se encaixam, essa classificação permite maior organização e facilita as análises das empresas por parte dos investidores.

Para realizar esta classificação a B3 leva em consideração o produto que mais gera receita para a empresa, ou seja, dentre as atividades que a companhia tem, qual tem o maior retorno financeiro.

Além disso, também é levado em consideração as receitas relacionadas às empresas investidas.

Os Setores

Existem alguns setores dentro da Bolsa de Valores e cada um deles possui alguns subsetores:

Bens Industriais

Este setor é composto por grandes empresas brasileiras, os seus subsetores são:

  • Comércio, construção e engenharia;
  • Máquinas e equipamentos;
  • Serviços e transporte;
  • Material de transporte.

Exemplos de empresas:

  • Aeris;
  • ATMA;
  • Azul;
  • Battistella;
  • CCR;
  • Embraer;
  • MRS Logística;

Consumo Cíclico

As empresas do setor de Consumo Cíclico são aquelas mais afetadas por ciclos econômicos, isso acontece porque dependendo da situação econômica do país, as pessoas irão consumir mais ou menos.

Seus subsetores:

  • Automóveis e motocicletas;
  • Construção Civil;
  • Hotéis e restaurantes;
  • Tecidos, vestuário e calçados;
  • Utilidades domésticas;
  • Viagens e lazer.

Exemplos de empresas:

  • Alpargatas;
  • Arezzo;
  • C&A;
  • CVC;
  • Magazine Luiza;
  • MRV Engenharia;
  • Cyrela Brasil.

Consumo não-cíclico

As empresas de consumo não-cíclico são as empresas que não são tão afetadas pelos ciclos econômicos, normalmente oferecem produtos ou serviços essenciais e que não podem faltas na vida das empresas.

Seus subsetores:

  • Agropecuária;
  • Alimentos processados;
  • Bebidas;
  • Comércio e distribuição;
  • Produtos de limpeza.

Exemplos de empresas:

  • AmBev;
  • Atacadão;
  • Bombril;
  • Camil;
  • JBS;
  • Marfrig;

Comunicações

Seus subsetores:

  • Mídia;
  • Telecomunicações;
  • Telefonia Fixa.

Exemplos de empresas:

  • Cinesystem;
  • Algar Telecom;
  • Oi;
  • Telec Brasileiras;
  • Telefônica Brasil;
  • Tim;

Financeiro

O setor Financeiro é onde estão classificados os maiores bancos do país, assim como as corretoras e seguradoras.

Seus subsetores:

  • Exploração de Imóveis;
  • Holdings;
  • Intermediários Financeiros;
  • Previdência e Seguros;
  • Securitizadoras de Recebíveis;
  • Serviços Financeiros.

Exemplos de empresas:

  • Alfa Invest;
  • B3;
  • Banco Inter;
  • Bradesco;
  • Cielo;
  • Itaú Unibanco;

Petróleo, Gás e Combustível

Este setor abrange as empresas que exploram e refinam esses produtos.

Exemplo de empresas:

  • Cosan;
  • Enalta;
  • Lupatech;
  • OSX;
  • Petrobras;
  • Refinaria Rio Grandense;

Saúde

Este setor abrange as empresas que oferecem planos de saúde e farmácia.

Exemplos de empresas:

  • Baumer;
  • Biomm;
  • Dimed;
  • Fleury;
  • Hypera;
  • Profarma;
  • Raia Drogasil.

Materiais Básicos

Este setor contempla as empresas que produzem produtos como produtos químicos, minério e embalagens.

Seus subsetores:

  • Embalagens;
  • Madeira e Papel;
  • Materiais Diversos;
  • Mineração;
  • Químicos;
  • Siderúrgica e Metalúrgica.

Exemplos de empresas:

  • Bradespar;
  • Braskem;
  • Duratex;
  • Gerdau;
  • Klabin;
  • Nutriplant;

Utilidade Pública

O setor de utilidade pública atua na distribuição de energia e saneamento básico.

Seus subsetores:

  • Água e Saneamento;
  • Energia elétrica;
  • Gás.

Exemplo de empresas:

  • Ambipar;
  • Ampla Energia;
  • Celesc;
  • Cemig;
  • Comgás;
  • CPFL;
  • Taesa;

Tecnologia da Informação

Este setor é onde estão classificadas as empresas que trabalham com tecnologia e equipamentos eletrônicos.

Seus subsetores:

  • Computadores e Equipamentos;
  • Programa e serviços;

Exemplos de empresas:

  • Linx;
  • Locaweb;
  • Positivo;
  • Sinqia;
  • Tivia;
  • Totvs;
  • Universo online.

Outros

O setor de outros é composto por empresas que não se encaixam em nenhum outro setor, é muito comum encontrar as holdings neste setor, empresas que têm participação majoritária em outras empresas.

Exemplos de empresas:

  • Alef S.A.;
  • Gama Participações;
  • MGI Participações;
  • Polpar;
  • Sudeste S.A.;
  • Prompt Participações;
  • Investimentos Bemge.

Conclusão

São vários os setores que compõe a Bolsa de Valores e conhecer cada um deles é muito importante.

Ao realizar uma análise fundamentalista de determinada empresa, só faz sentido comprar duas ou mais empresas se elas pertencerem ao mesmo setor, pois as condições impostas pelo mercado afetam as empresas de maneira parecida.

Fontes

www.warren.com.br

IPO (Initial Public Offering)

IPO (Initial Public Offering)

O IPO é um evento do mercado financeiro que desperta o interesse dos investidores que desejam obter ganhos com a entrada de empresas na Bolsa de Valores.

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O que é IPO?

IPO é uma sigla em inglês que significa “Initial Public Offering” ou “oferta pública inicial” e se refere à primeira vez que uma empresa vai oferecer ações na Bolsa de Valores, permitindo que qualquer pessoa interessada possa se tornar sócia da empresa através da compra de ações.

Dessa forma, a empresa se torna de capital aberto. Para isso acontecer, é necessário que a empresa esteja em um estágio avançado de evolução e normalmente esta operação trabalha com grandes quantias.

Os motivos para uma empresa desejar abrir o seu capital são vários, mas o principal é a entrada de capital. Quando uma empresa lança o seu nome na Bolsa de Valores, os investidores compram as suas ações, o que faz a empresa ganhar este capital investido.

O que é preciso para realizar um IPO?

Para realizar um IPO, a empresa deve cumprir uma série de requisitos. O primeiro deles é se tornar uma empresa S/A ou Sociedade Anônima, que divide a participação societária em ações e não mais em cotas, como acontece com as companhias limitadas.

Tipos de ofertas

Existem dois tipos de ofertas de ações de uma empresa na Bolsa de Valores, a Oferta Primária e a Oferta Secundária.

Oferta primária

A Oferta Primária é referente à novas ações que estão sendo lançadas no mercado, de forma que o número total de ações existentes desta companhia aumenta e o dinheiro obtido com esta oferta é direcionado ao caixa da empresa.

Oferta Secundária

A Oferta Secundária é referente à venda de ações que já existem no mercado, mas estão na posse de alguém, um dos sócios da empresa quer se desfazer de sua participação por exemplo e para isso decide vender as suas ações no mercado.

Neste caso o número total de ações existentes desta companhia não aumenta e o dinheiro obtido é direcionado ao vendedor das ações e não ao caixa da empresa.

Como participar de um IPO?

Para participar de um IPO, é necessário seguir um passo a passo:

  • Em primeiro lugar, é preciso abrir uma conta em uma corretora, são nestas instituições que acontece a intermediação das operações na Bolsa de Valores;
  • Depois disso, o investidor deve verificar quais são as empresas que estão realizando IPO, essas informações estão disponíveis nos sites da CVM, da B3 ou no site da própria corretora;
  • Agora é o momento de fazer um pedido de reserva, é preciso solicitar os documentos necessários para realizar o pedido, no qual deverá ser especificado o volume financeiro do investimento e o valor das ações;
  • Por fim é o momento do pagamento, o investidor deve transferir os recursos para a conta na corretora, de onde será feito o pagamento.

Conclusão

O IPO é um evento do mercado financeiro que representa o lançamento das ações de uma empresa na Bolsa de Valores.

É um evento interessante para os investidores de longo prazo, que desejam adquirir ações da empresa a um bom preço.

Mas, também pode ser interessante para os investidores de curto prazo, que desejam comprar ações no lançamento para lucrar com a valorização rápida dos papéis.

Seja o primeiro perfil ou o segundo, para participar de um IPO é preciso estudar bem a empresa que está abrindo o capital para tomar uma decisão.

Fontes

www.infomoney.com.br

Índice de Sharpe

Índice de Sharpe

           No Brasil, nós temos cerca de 27 milhões de contas registradas em Fundos de Investimento e Fundo de Investimento em Cotas e, além disso, cerca 27 mil fundos registrados. Então, o investidor deve escolher métricas/indicadores que o façam filtrar e escolher bons fundos. Uma dessas métricas que é muito utilizada em fundos é o Sharpe Ratio ou Índice de Sharpe.

O que é o Índice de Sharpe?

           Desenvolvido pelo ganhador do prêmio Nobel Willian Sharpe, o Índice de Sharpe é uma das métricas mais usadas no que se refere a risco-retorno de um investimento. O índice descreve o quanto de retorno excedente você recebe após optar por um investimento com maior volatilidade e mais risco.

           Esse indicador é usado principalmente em fundos de investimento, de maneira em que há uma comparação de risco-retorno entre diversos fundos para que, assim, identifique em qual dos fundos selecionados seu capital será alocado de maneira mais eficiente.

           Ou seja, o investimento em ativos de maior risco, como o mercado de ações, deveria compensar o retorno em ativos livre de risco, como a Taxa Selic, pois implica em maior volatilidade. Assim sendo, concluímos que uma carteira/fundo com Índice de Sharpe > 0 representa uma alocação eficiente de investimentos que está compensando o risco por investir em ativos mais arrojados em relação a ativos menos arriscados

Equação do Índice de Sharpe

Rp ​ = retorno do portfólio

Rf​ = taxa livre de risco

σp​ = desvio padrão do excesso de retorno da carteira (volatilidade)

Variações do Índice de Sharpe

Esse índice tem duas principais variações: Índice de Sortino e Índice de Treynor

Índice de Sortino: considera somente a downside volatility, ou seja, não inclui no cálculo a volatilidade “positiva”. Então, na fórmula, o desvio-padrão calculado é somente do retorno negativo

Índice de Treynor: já essa variação, é muito utilizado quando comparamos um fundo com o mercado (benchmarking) e, com isso, analisar o custo de oportunidade entre os dois investimentos. Assim como o Índice de Sortino, há alterações no denominador da função em que o desvio-padrão é alterado pelo beta sistêmico do mercado.

Principais pontos do Índice de Sharpe

Considera a Volatilidade como o único risco, o que na maioria dos investimentos não é verdade

→ Em fundos pouco voláteis e ilíquidos, como os de hedge, os índices de Sharpe podem ser imprecisos

→ Muito útil ao comparar fundos que possuem retornos semelhantes

→ Benéfico para diferenciar fundos com gestão e alocação eficientes de fundos extremamente arrojados que possuem retornos semelhantes

→ Em casos de Índice de Sharpe negativo, isso significa que o fundo tem expectativa de taxa de retorno negativo ou que a taxa livre de risco (títulos públicos) é maior que a taxa de retorno do fundo

Exemplo de uso do Sharpe Ratio

No exemplo acima, nós conseguimos ver na prática que o Índice de Sharpe mede a eficiência da gestão do fundo. Ao comparar a rentabilidade do fundo Versa com a do fundo Dahlia, nós percebemos que o Versa é bem mais rentável, porém quando olhamos para o Índice de Sharpe, o Dahlia mostra maior eficiência, isto é, buscar maior retorno com menor exposição (volatilidade).

Dessa maneira, o investidor consegue comparar a competência da gestão de cada fundo e, assim, tomar a melhor decisão ao investir em fundos de investimento.