RESUMO SEMANAL – (24/05 – 28/05)

RESUMO SEMANAL - (24/05 - 28/05)

Segue mais um resumo do que rolou no mercado essa semana!

IBOVESPA

  • Mais um novo recorde histórico do índice brasileiro, fechando em 125.561 pontos, com uma alta de 2,4% na semana.
  • Alta foi impulsionada pelo cenário global positivo, com uma recuperação econômica que segue caminhando e superando receios como a inflação.
  • Por aqui, tivemos também melhores perspectivas de crescimento econômico, melhora nos números fiscais, e alguns avanços nas discussões das reformas.

DESTAQUES DA SEMANA

Bolsas Mundiais

ECONOMIA

  • A inflação ao consumidor medida pelo IPCA-15 avançou 0,44% em maio. Já a inflação medida pelo IGP-M subiu 4,1%, levando o acumulado em 12 meses pra 37,0%.
  • Dados do CAGED mostraram criação líquida ao redor de 120 mil empregos formais em abril e a taxa de desemprego subiu para 14,7%.
  • Contas externas no país registrou superávit de US$ 5,7 bilhões em abril. Com isso, o déficit acumulado em 12 meses atingiu 0,8% do PIB, menor nível desde março de 2008.
  • O resultado primário do governo central registrou superávit de R$ 16,5 bilhões em abril, levando o déficit acumulado em 12 meses a 7,9% do PIB (de 9,5% em março).
  • O dólar fechou a semana em alta de +1,77% em relação ao real, em R$ 5,37.

POLÍTICA

  • Câmara iniciará as discussões sobre unificação do PIS Cofins, IPI e tributação sobre renda. O Senado tratará de alterações constitucionais e do programa de refinanciamento de dívidas.
  • Reforma administrativa teve sua admissibilidade aprovada na CCJ da Câmara. A PEC restringe pros futuros servidores a estabilidade no serviço público e cria cinco tipos de vínculos com o Estado.
  • Governo vê a possibilidade de utilizar R$ 7 bilhões de sobra dos R$ 44 bilhões autorizados pelo Congresso pra compor o pagamento de mais uma parcela do auxílio emergencial.
  • Câmara dos Deputados aprovou duas medidas provisórias com riscos fiscais prestes a caducar.

INTERNACIONAL

  • Nos EUA, o destaque foi a divulgação do PCE, índice de inflação ao consumidor, que alcançou o maior nível desde 1992, ao registrar alta de 3,6% no acumulado de 12 meses em abril.
  • Negociações pelo pacote de infraestrutura voltam no Congresso americano com a apresentação de uma contraproposta republicana de USD 928 bilhões em gastos em oito anos.
  • Grupo das sete principais economias avançadas (G7) está perto de um acordo sobre a tributação das empresas multinacionais.
  • PIB do 1T da Alemanha recuou -1,8%.
  • Índice de confiança econômica da Zona do Euro aumentou pra 114,5 em maio, de 110,3 em abril.

EXPECTATIVAS PRA PRÓXIMA SEMANA

Brasil

  • PIB do primeiro trimestre.
  • Divulgação da produção industrial de abril.
  • Vendas de veículos (Fenabrave) referente a maio.
  • Discussões sobre reformas no Congresso, CPI da pandemia e possível extensão do auxílio emergencial.

Mundo

  • Taxa de desemprego de maio nos EUA.
  • PMIs referentes a maio na China, EUA e Zona do Euro.
  • Indicadores de inflação e varejo na Zona do Euro.
  • Pronunciamentos de dirigentes do Federal Reserve.
  • Continuidade das discussões do pacote de infraestrutura no Congresso dos EUA.

Fontes

https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-da-semana-ibovespa-fecha-em-alta-de-24/

https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-seu-resumo-semanal-de-economia-no-brasil-e-no-mundo-11/

https://www.infomoney.com.br/ferramentas/altas-e-baixas/

Criptomoedas: a complexidade por trás de um código

Criptomoedas: a complexidade por trás de um código

As últimas décadas trouxeram inúmeras mudanças e inovações, sejam elas culturais, sociais, tecnológicas e até econômicas. E quem está atento ao mercado financeiro vê claramente essas mudanças ocorrendo constantemente. Um dos principais exemplos que ganhou grande notoriedade nos últimos anos são as criptomoedas, cujo número de investidores vem aumentando com o passar do tempo.

Esse movimento é apoiado por um atrativo audacioso: os altos lucros que essas criptomoedas podem oferecer, muitas vezes maiores que o da Ibovespa. Porém, é válido ressaltar sempre os dois lados dessa moeda, tanto o lado bom quanto o ruim desse estilo de investimento, uma vez que a alta rentabilidade tem o preço da instabilidade.

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Entendendo mais sobre as criptomoedas

Primeiramente, é bom entender um pouco mais sobre esse estilo de moeda. Segundo a analogia de Fernando Ulrich, um dos especialistas no Brasil em criptomoedas e autor do livro Bitcoins, as criptomoedas farão com o seu dinheiro o mesmo que o e-mail fez com a informação, ou seja, facilitarão muito as suas transações para diferentes lugares de forma instantânea.

Essas moedas digitais possuem inúmeras peculiaridades, como a ausência de um órgão controlador, a volatilidade grande ou até mesmo sua ausência na forma física. Elas basicamente consistem em um código que tem um valor real em moedas físicas, como o dólar, por esse motivo apresentam a mesma funcionalidade que as moedas clássicas.

Portanto, podem ser utilizadas em transações de compra e venda de bens e serviços junto com a transferência de valores pela internet de forma instantânea e sem a necessidade de uma instituição financeira ou bancária e suas taxas.

 

Sua negociação

Além dessas diferenças, a forma de obtenção delas também diverge da forma convencional. A mais comum é por meio da compra direta com o emissor, ação conhecida como ICO¹, ou com alguém que já possua essas moedas. Isso ocorre de maneira anônima e totalmente virtual, sem intermediários (havendo a necessidade do senso de confiança mútuo entre as partes) e burocracia.

Outra forma de se obter as criptomoedas é a “mineração”, que consiste na solução de problemas matemáticos complexos. Ao serem resolvidos, são enviados para o blockchain² e, caso estejam corretos, são recompensados com essas moedas; porém, são necessários computadores com alto poder de processamento e especializados nessas funções. Ressalta-se que o armazenamento dessas moedas se dá em uma carteira virtual e é administrada em um computador ou dispositivo móvel.

¹ICO: Vem do termo em inglês “Initial Coin Offering” e é caracterizada como uma oferta pública de venda de uma criptomoeda, se assemelhando ao IPO (Initial Public Offering). Ela é comumente utilizada para a obtenção de recursos para projetos, uma vez que não possuem tanta burocracia e possibilitam uma maior segurança e praticidade ao se comparar com as formas tradicionais de obtenção de recursos. O processo se distribui em três grades partes: a divulgação do lançamento, arrecadação de recursos e, por fim, a distribuição dos tokens aos compradores.

²Blockchain: Conhecido como “protocolo de confiança”, é uma tecnologia baseada na descentralização como forma de segurança. Essa rede é caracterizada como um livro de registros totalmente público e compartilhado que busca obter a confiabilidade do sistema aos usuários. Quem controla essas transações são os mineradores, que resolvem os problemas matemáticos e, assim, permitem a transação e ligação de toda a rede; logo, o funcionamento do sistema de segurança das criptomoedas.

Volatilidade no preço

De forma complementar, as alterações históricas das últimas décadas também estão evidenciadas no preço dessas criptomoedas, em especial o Bitcoin, que em março de 2021 atingiu sua máxima histórica e ganhou ainda mais fama no meio dos investimentos.

Como observado, esse sucesso está ancorado na facilidade de compra por diversos perfis de investidores e na ampliação da aceitação da moeda em transações. Hoje, inúmeros sites permitem a negociação dessas moedas, como o Bitcointrader ou Foxbit. Além disso, grandes gestores de fundos e empresas estão investindo fortemente nesse segmento, a exemplo da Microsoft, IBM e da própria Tesla, que em 2021 realizou a compra de US$1,5 bi em bitcoins.

Junto a isso, a maior aceitação dos governos pelo mundo facilitou a ampliação desses investimentos, inclusive, países como Emirados Árabes, Estônia e Singapura possuem reservas ou investimentos nessas moedas digitais. Por fim, grandes empresas de serviços de pagamentos, como o Paypal, estudam possibilidades de começar a aceitar e guardar esse estilo de moeda, demonstrando a grande força que ela está tendo na atualidade, além de fomentar a continuidade da sua alta.

Demonstrando tal força, a Figura 1 mostra tanto a crescente no número de investidores em bitcoins, evidenciando assim o aumento do volume nesse estilo de investimento, quanto no valor da sua cotação em dólar.

Figura 1 – Comparativo entre o preço em dólar do Bitcoin e o número de investidores no período de Jul/17 a Jul/20.

Fonte: COINDESK, 2020

Prós e contras dessas moedas

Dentre os pontos positivos das criptomoedas estão a liberdade de pagamento, podendo enviar ou receber uma quantia de forma instantânea em qualquer lugar, a presença de baixas taxas — como não há intermediadores na transação, também não há taxas diretas em suas transações — e a transparência das negociações, mesmo que elas sejam sem lastros, ou seja, não têm a identificação do vendedor ou do comprador, existe uma transparência nas demais informações que são gravadas no blockchain.

Existem, por outro lado, alguns contras, sendo os principais: o grau de aceitação limitado, pois muitas empresas e lojas ainda não aceitam o pagamento utilizando esse estilo de moedas, a volatilidade — ajustes constantes e o aumento de investidores permitem a alta volatilidade dessas moedas — e a forma de armazenamento, visto que, caso perca ou apague a chave de acesso, o usuário perderá esse dinheiro.

Outras criptomoedas

Embora o Bitcoin seja a criptomoeda mais conhecida, é importante salientar que existem inúmeras outras criptomoedas, dezenas delas, cada uma com suas características e estilos bem definidos. Abaixo serão exemplificadas as 5 criptomoedas com maior liquidez de acordo com o ranking da bravenewcoins.com de 2020 (Figura 2):

  • Bitcoin:  É considerada por muitos a primeira moeda digital descentralizada do mundo. Foi apresentada por um programador com o vulgo Satoshi Nakamoto em 2008, e manifestou o maior “market cap” de 2020.
  • Ethereum: Foi apresentada por Vitalik Buterin em 2014 e teve como intuito financiar um projeto de crowdfunding. Como ponto relevante cabe citar que apresentou o segundo maior “market cap” de 2020.
  • Tether – É uma stablecoin (criptomoeda com lastro em uma moeda física) lançada em 2014 com uma proposta de paridade com o dólar dos Estados Unidos; porém, em 2019 foi notificado que nem todos o Tether tem lastro. Em 2020, teve o terceiro maior “market cap”.
  • XRP – Também conhecido como Ripple, é um pouco diferente das outras criptomoedas tradicionais, pois traduz tanto uma moeda digital quanto uma rede de pagamento aberta, com menores taxas e atrasos de processamento. Ressalta-se que teve o quarto maior “market cap” de 2020.
  • Chainlink – Desenvolvida por Sergey Nazarov em 2017, é constituído por uma plataforma que busca facilitar os contratos inteligentes entre diferentes plataformas, obtendo o quinto maior “market cap” de 2020.

Figura 2 – Ranking representativo das cinco principais moedas digitais com relação ao market cap (preços em dólar) em 30 de agosto de 2020.

Fonte: BRAVE NEW COIN, 2020.

Concluindo

A análise da conjuntura permite inferir que esse tipo de investimento não é recomendado para todos os perfis de investidores, sendo mais aconselhável para investidores agressivos que estejam acostumados com altas volatilidades ou pessoas com pensamentos economicamente liberais, pois apenas você controla o seu dinheiro, não tendo influência de bancos ou Estados.

Todavia, observa-se que a cada dia o número de compradores das criptomoedas vem aumentando, inclusive investidores com pouco conhecimento sobre seu funcionamento. O crescimento de sua importância no cenário global mostra-se preocupante quando esse ponto é analisado devido ao aumento ainda maior da volatilidade desse investimento.

Sendo assim, é importante ampliar o acesso ao conhecimento sobre criptomoedas para evitar decepções e grandes prejuízos caso busque essa forma de investimento.

* É válido destacar que esse artigo não é uma recomendação. 

Referências

BRAVE NEW COIN. As 10 principais criptomoedas: o que mudou nos últimos sete anos? Disponível em: <https://www.moneytimes.com.br/as-10-principais-criptomoedas-o-que-mudou-nos-ultimos-sete-anos/>. Acesso em: 1 fev. 2021.

FINANCEONE. O que é criptomoeda, para que serve e como investirFinanceone, 12 mar. 2021. Disponível em: <https://financeone.com.br/o-que-e-criptomoeda-e-como-investir/>. Acesso em: 17 mar. 2021

GODBOLE, O. Bitcoin “Young Investment” Wallets at Highest Level Since February 2018. Disponível em: <https://www.coindesk.com/bitcoin-young-investment-wallets>. Acesso em: 1 fev. 2021.

INFOMONEY. Tether USDT. Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/cotacoes/tether-usdt/>. Acesso em: 1 fev. 2021a.

___. O que são Criptomoedas e como investir com segurança? Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/guias/criptomoedas/>. Acesso em: 1 fev. 2021b.

OVIDE, S. What is a Blockchain? Is It Hype? The New York Times, 26 jan. 2021.

REIS, T. ICO: entenda como funciona uma oferta inicial de criptomoedas. Disponível em: <https://www.suno.com.br/artigos/ico/>. Acesso em: 1 fev. 2021a.

___. Blockchain: saiba como funciona a tecnologia das criptomoedasSuno Research, 9 set. 2019b. Disponível em: <https://www.suno.com.br/artigos/blockchain/>. Acesso em: 1 fev. 2021

ROALE, L. Criptomoedas – O mercado de altcoins. Disponível em: <https://ligadeinvestimento.wixsite.com/liequfrj/post/2018/01/18/criptomoedas-o-mercado-de-altcoins>. Acesso em: 1 fev. 2021.

TOLOTTI, R. Bitcoin salta mais de 270% em 2020, o que esperar para 2021? 9 especialistas respondemInfoMoney, 28 dez. 2020. Disponível em: <https://www.infomoney.com.br/mercados/bitcoin-salta-mais-de-270-em-2020-o-que-esperar-para-2021-9-especialistas-respondem/>. Acesso em: 1 fev. 2021

COE (Certificado de Operações Estruturadas)

COE (Certificado de Operações Estruturadas)

O COE é mais um produto de investimento oferecido pelos bancos no qual o investidor coloca dinheiro em uma cesta de produtos escolhidos pelo banco, conheça agora como esse produto funciona!

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O que é COE?

O COE (Certificado de Operações Estruturadas) é uma cesta de produtos que os bancos montam para oferecer ao investidor.

Cada COE possui a própria cesta de produtos, que pode conter ativos de renda fixa, de renda variável e até mesmo derivativos.

Além disso o COE tem um prazo determinado de investimento e busca atrair investidores usando a melhor combinação de operações estruturadas possível.

Como funciona?

O COE monta possíveis cenários futuros para proteger o capital do investidor ou remunerá-lo dependendo da direção que o mercado avança.

Vamos supor um COE que esteja atrelado a algum índice de renda variável, como o Ibovespa.

A operações terá três cenários:

  • O Ibovespa sobe muito

Se o Ibovespa subir mais do que um limite determinado para o COE, o investidor receberá uma parte da valorização.

  • O Ibovespa sobe um pouco

Se o Ibovespa subir até o limite, o investidor receberá a valorização equivalente à do índice.

  • O Ibovespa cai

Já se o Ibovespa cair até o limite determinado, o banco garante o capital do investidor.

A grande vantagem desta estrutura para os bancos é no caso em que o índice sobe mais do que o limite de ganho máximo determinado, porque assim o banco fica com a valorização que superou o limite.

Exemplo de gráfico de rentabilidade de COE

As características de cada COE variam, isso significa que cada um segue uma “regra estabelecida” sobre como irá funcionar.

Existem dois tipos de COE:

  • Capital protegido: Neste tipo de COE, na pior das hipóteses ele retorna apenas o capital investido.
  • Capital em risco: Neste caso, o capital investido não está protegido, isso significa que o investidor pode perder o seu dinheiro caso o índice de referência caia.

É importante ressaltar que, apesar de ser um produto bancário, o COE não possui garantia do FGC.

Além disso, este produto é registrado na CETIP (Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos) e é tributado de acordo com a tabela regressiva de imposto de renda para renda fixa.

Fontes

Vídeo Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=ixguqOaWYic&t=601s

Site: https://www.euqueroinvestir.com/coe-certificado-de-operacoes-estruturadas/

Balanço Patrimonial

Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é um dos documentos que as empresas divulgam que é muito útil para fazer uma análise fundamentalista, conheça agora como é feito esse balanço!

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O que é Balanço Patrimonial?

O Balanço Patrimonial é um relatório contábil que descreve a situação financeira de uma empresa.

Nesse documento, são apresentados todos os ativos e passivos da empresa, além do patrimônio líquido, diferente do DRE (Demonstrativo de resultado de exercício) que mostra as receitas e despesas que a empresa teve durante o período analisado.

O Balanço Patrimonial deve ser feito a cada 12 meses, porém algumas empresas realizam mais vezes durante o ano para manter um maior controle sobre o negócio.

Como é feito?

No Balanço Patrimonial são descritos todos os ativos da empresa na parte esquerda no documento.

Os ativos são todos os bens e direitos que uma empresa possui, é tudo aquilo que pode gerar algum valor econômico para o negócio, como equipamentos, estoques e contas a receber.

Os ativos são divididos em:

  • Ativo circulante: São os ativos que podem se transformar em dinheiro em um período menor que um ano, como contas a receber e estoque;
  • Ativo não-circulante: São os ativos que precisam de mais de um ano para se transformar em dinheiro real, como alguns investimentos da empresa.

Além dos ativos, também são descritos os passivos da empresa, na parte direita do documento.

Os passivos são todas as obrigações, despesas e dívidas da empresa, representam aquilo que “tira” dinheiro da empresa.

Os passivos são divididos em:

  • Passivo circulante: São todos os passivos que têm um prazo de vencimento menor do que um ano, como impostos e empréstimos, por exemplo;
  • Passivo não-circulante: São as dívidas ou obrigações com um prazo de vencimento superior a um ano, como alguns empréstimos.

Também é exposto nesse documento o Patrimônio líquido da empresa, que é colocado na parte direita do documento.

O Patrimônio líquido é composto pela soma de todos os recursos próprios do negócio, ou seja, nessa conta entra o Capital social (Investimento inicial dos sócios), as reservas de lucros e prejuízos acumulados.

 

O Balanço Patrimonial deve respeitar um equilíbrio, isso quer dizer que a “conta deve fechar”, por isso um lado do documento deve ter um total igual ao outro lado, mostrando que todas as informações estão corretas.

Assim, o Ativo deve ser igual ao Passivo mais o Patrimônio líquido, sem faltar ou sobrar nada.

Exemplo de Balanço patrimonial

Balanço Patrimonial da Arezzo em 31/12/2019

Para que serve o Balanço Patrimonial?

O Balanço Patrimonial é um documento muito importante para as empresas e também para os investidores, isso porque ele mostra todos os ativos e passivos da empresa e o patrimônio líquido, sendo possível inclusive, realizar análises profundas relacionando os valores descritos.

Além disso, é utilizado pela própria empresa para analisar o seu próprio comportamento financeiro e tomar decisões com muito mais segurança.

O Balanço Patrimonial e outras informações sobre as empresas podem ser encontradas nos sites de relações com investidores de cada empresa.

Fontes

https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/balanco-patrimonial/#:~:text=Balan%C3%A7o%20Patrimonial%20%C3%A9%20um%20relat%C3%B3rio,seus%20bens%2C%20d%C3%ADvidas%20e%20lucros.

Zica Assis

Zica Assis

Zica Assis é cofundadora e sócia do Instituto Beleza Natural, maior rede brasileira especializada em cabelos crespos, cacheados e ondulados, conheça agora a sua história!

ZicaAssis

História

Heloísa Helena Belém de Assis Marinho nasceu na Comunidade do Catrambi no Rio de Janeiro Em 1960

Em 1969 aos 9 anos começou a trabalhar como babá, empregada doméstica e faxineira nas casas de alto padrão da cidade.

Várias patroas dessas casas tinham problema com o cabelo de Zica, que era grande e no estilo black power. Por isso, durante a sua adolescência ela preparou e experimentou várias misturas caseiras para arrumar o seu cabelo.

Em 1981 aos 21 anos, Zica decide fazer um curso de cabeleireira e testava as suas misturas em si mesma e em parentes, que algumas vezes perderam cabelo por conta da química.

Em 1991, dez anos depois, Zica chegou a uma mistura adequada, que deixava os cabelos bonitos e não os fazia cair.

Então ela decide, junto com o seu marido, seu irmão e uma amiga, Leila Velez, abrir o primeiro salão, o Beleza Natural.

Eles não tinham dinheiro para abrir o salão, então além das economias, o marido de Zica, o Jair vendeu o seu fusca, que ele usava para trabalhar como táxi para colocar no salão.

O Beleza Natural foi um sucesso e formou filas para serem atendidas no salão.

Em 2006 Zica foi eleita, uma das dez Empreendedoras do Novo Brasil, prêmio concedido pela revista Você S.A e pelo Instituto Empreender Endeavor.

Também foi eleita Empreendedora do Ano, na categoria Emerging, pela Ernst & Young.

Em 2007 Zica foi eleita a Mulher mais Influente do Brasil, na categoria Empreendedorismo, pelo Jornal do Brasil e pela Gazeta Mercantil.

Em 2012 ganhou o Prêmio Claudia, da Editora Abril, na Categoria Negócios.

Em 2013 entrou para a lista das 10 Mulheres de Negócio Mais Poderosas do Brasil, da Revista Forbes internacional, e foi escolhida Empreendedora do Ano pelo Estadão PME.

Hoje, Zica Assis coordena 49 unidades do Beleza Natural, com cerca de 4 mil colaboradoras atendendo, em média, 130 mil clientes por mês.

Ela fundou e cuida da Fábrica Cor Brasil, que produz uma série de produtos com a qualidade que Zica sempre sonhou.

Frase

“Consigo olhar no olho das minhas clientes e entendê-las, porque também vim dessa classe.”

FOFs (Fundos de fundos)

FOFs (Fundos de fundos)

Os Funds of funds (FOFs), ou fundos de fundos são ativos de um dos segmentos de FIIs, conheça agora os FOFs!

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O que são FOFs?

Os fundos imobiliários de fundos são FIIs que reúnem o capital dos investidores com o objetivo de lucrar com a compra e venda de títulos de outros fundos imobiliários.

É um investimento bastante procurado por investidores iniciantes nos fundos imobiliários, pois consegue oferecer uma grande diversificação da carteira de maneira simples.

Vantagens dos FOFs

Ao investir em um FOF, o investidor consegue diversificar o seu capital muito bem.

Com apenas uma cota de um fundo imobiliário de fundo, o cotista expõe o seu capital para diversos outros fundos gastando pouco e ainda recebe dividendos por isso.

Assim, se houver uma vacância importante em um dos FIIs que compõe o portfólio do FOF, o investidor estará bem protegido.

Além disso, os FOFs costumam ter um gestor profissional tomando as decisões do fundo, o que significa mais uma segurança para o cotista.

Desvantagens dos FOFs

Uma desvantagem importante está relacionada à gestão dos FOFs, por ter muitos outros FIIs na carteira, normalmente os cotistas não têm voz nas decisões da gestão e precisam confiar que o gestor está realizando um bom trabalho.

Além disso, os FOFs costumam cobrar taxas mais altas, porque na realidade são duas taxas, uma do FOF e outra referente aos FIIs que compõe a sua carteira.

Devo investir em FOFs?

Sem dúvida os FOFs são uma boa escolha pensando na diversificação e segurança, esse tipo de investimento também costuma trazer bons proventos ao cotista.

Mas, pensando em um investidor que começa a deixar de ser iniciante, pode ser interessante buscar maior autonomia na gestão da própria carteira e escolher a dedo os FIIs que deseja comprar.

Portanto, é preciso estudar bem os seguimentos de FIIs e escolher os melhores ativos para uma carteira diversificada, segura e com uma boa rentabilidade.

Basel Index

Basel Index

Um estudo realizado pela Liga de Mercado Financeiro do Ibmec/SP

Quando se fala de indicadores de endividamento, como Dívida Líquida/EBITDA, esses possuem uma utilidade reduzida e menos eficiente no setor bancário em comparação aos outros setores.

Essa diferença se deve porque a finalidade da captação de dívidas de um banco é diferente de empresas de outros setores, isto é, o banco utiliza a captação de dívida a fim de conceder crédito e, consequentemente, gera receita com o spread bancário. Então, para analisar o nível de endividamento do setor bancário, usamos o Índice de Basileia.

 

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O que é o Índice de Basileia?

Índice de Basileia é um indicador que mede o grau de alavancagem financeiro e capacidade de cumprir com as obrigações de pagamento (solvência) de uma instituição financeira, particularmente bancos. O Banco Central estabelece um índice que os bancos devem estar acima. No caso do Brasil, segundo Banco Data, esse índice mínimo é de 11%, isto é, para cada R$ 100 emprestados os bancos devem ter pelo menos R$ 11 como patrimônio.

 

Surgimento do Índice de Basileia

O Índice de Basileia (IB) originou-se a partir do Acordo de Capital de Basileia no qual, ao longo do tempo, tiveram 3 revisões – Basileia I, II e III – para fiscalizar e estabelecer critérios às instituições financeiras.

Como o Índice de Basileia é calculado?

  • PR: Patrimônio de referência (Nível I* + Nível II**)
  • RWA: Ativos ponderados por risco (Cálculo da exigência de capital)

*Capital principal (capital social, reservas de capital e lucros cumulados)

**Capital complementar (dívidas com vencimento superior a 5 anos)

Exemplos de Índice de Basileia

Resumo Semanal – (17/05 – 21/05)

Resumo Semanal - (17/05 - 21/05)

Segue mais um resumo do que rolou no mercado e na bolsa essa semana!!

Ibovespa

  • Em uma semana marcada por grande volatilidade nos mercados globais, o Ibovespa fechou a semana com uma alta de +0,6% aos 122.593 pontos.

Destaques da semana

Bolsas Mundiais

Economia

  • IGP-10 subiu 3,24% em maio.
  • A alta de commodities continua a sustentar a forte aceleração do grupo matérias-primas brutas do IPA, que responde por 38% do índice ao produtor, e cuja variação saltou de -0,3% para 7,66%.
  • Arrecadação total de impostos federais atingiu R$ 156,8 bilhões em abril. O resultado reflete a resiliência da atividade econômica observada no 1T21 e a inflação pressionada, principalmente sobre os preços ao produtor.
  • O dólar fechou a semana em alta de +1,77% em relação ao real, em R$ 5,37.

Política

  • Aprovação da Medida Provisória que permite o processo da capitalização da Eletrobrás. Segundo o modelo de desestatização proposto, será realizada a emissão de novas ações da empresa, a serem vendidas no mercado sem a participação da estatal, reduzindo assim o controle acionário mantido atualmente pela União – de 61% para 45%.
  • O potencial de arrecadação da transação para a União é de R$ 60 bilhões. A expectativa é que R$ 25,5 bilhões irá para o Tesouro Nacional, enquanto outros R$ 25 bilhões serão destinados para a Conta de Desenvolvimento Energético, com o objetivo de reduzir as contas de luz para consumidores residenciais.

Internacional

  • Ata do Federal Reserve foi liberada e chamou a atenção o fato de que alguns dirigentes indicaram a intenção de começar a discutir uma redução na compra de ativos nas próximas reuniões.
  • Pedidos semanais de seguro desemprego nos EUA caíram pra 444 mil, nova mínima pós-pandemia.
  • Na Zona do Euro, o indicador consolidado ficou em 62,8 (indústria) e 55,1 (serviços).
  • Inflação na Europa exibiu elevação anual de 1,6% na leitura final de abril.
  • Na China, produção industrial no país desacelerou para 9,8% em abril. O crescimento das vendas no varejo desacelerou para 17,7% no mesmo período, de 34,2% em março – também abaixo do consenso, 25,0%.

Expectativas para a próxima semana

Brasil

  • Divulgação de dados de mercado de trabalho (com Caged de abril e PNAD de março).
  • Inflação medida pelo IPCA-15 referente a maio.
  • Saldo das contas externas.
  • Resultado primário do governo central referentes a abril.
  • Continuação de discussões no Congresso da MP da Eletrobrás, e das Reformas Administrativa e Tributária.

Mundo

  • Divulgação do indicador de inflação ao consumidor medido pelo PCE nos EUA.
  • Discursos de dirigentes do FED e vendas de novas casas nos EUA.
  • Indicador de clima de negócios de maio.
  • Leitura final do PIB na Alemanha.

Fontes

https://conteudos.xpi.com.br/acoes/relatorios/resumo-da-semana-ibovespa-fecha-em-alta-de-06/

https://conteudos.xpi.com.br/economia/economia-em-destaque-seu-resumo-semanal-de-economia-no-brasil-e-no-mundo-10/

https://www.infomoney.com.br/ferramentas/altas-e-baixas/

Tributação em Renda fixa

Tributação em Renda fixa

O imposto de renda é uma forma de arrecadação do governo e incide também sobre alguns investimentos de renda fixa, entenda agora como a cobrança é feita!

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O que é a Tributação?

A tributação é algo presente na vida de todos os brasileiros, seja pessoa física ou jurídica, todos estamos sujeitos a esta cobrança.

É importante ressaltar que o imposto de renda é cobrado apenas sobre a renda, o que significa que o total da aplicação não é tributado, mas sim o que o investidor lucrou com a operação.

Neste artigo vamos explicar como acontece a tributação para as aplicações em renda fixa, porém, nem sempre é cobrada a mesma alíquota, é preciso analisar cada caso.

IR para Renda Fixa

Todos os investimentos em renda fixa possuem prazo já determinados no momento em que o investidor compra o título.

Portanto, as alíquotas de imposto de renda para as aplicações vão se diferenciar pelo tempo em que o investidor deixou o capital investido.

Além disso, é de interesse do governo incentivar a população a guardar e investir o seu dinheiro, por isso, quanto maior for o prazo da aplicação, menor é a alíquota de imposto cobrada.

Para organizar, a tributação em renda fixa obedece à tabela regressiva:

A cobrança do IR para investimentos em renda fixa é sempre na fonte, ou seja, quando o prazo chega ao fim, o investidor recebe o rendimento já descontado do imposto.

Alguns investimentos são isentos de imposto de renda para pessoas físicas, isso porque  o governo deseja incentivar as pessoas a aplicar em determinados setores da economia, são eles:

  • LCI (Letra de crédito imobiliários)
  • LCA (Letra de crédito do agronegócio)
  • CRI (Certificado de recebíveis imobiliários)
  • CRA (Certificado de recebíveis do agronegócio)
  • Debêntures incentivadas
Demonstrativo de resultado de exercício (DRE)

Demonstrativo de resultado de exercício (DRE)

O DRE é uma das demonstrações financeiras que as empresas divulgam e que é muito útil para realizar uma análise aprofundada do negócio em questão, conheça agora como essa demonstração é feita!

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O que é DRE?

O Demonstrativo de resultado de exercício é um relatório contábil das operações financeiras de uma empresa.

Ele evidencia se as operações de uma empresa estão gerando lucrou prejuízo em determinado período de tempo.

Esse documento é feito juntamente com o Balanço patrimonial (outro documento que as empresas devem divulgar) e é obrigatório para todas as empresas, excetos aos MEIs (Microempreendedor Individual).

E deve ser feito anualmente após o encerramento do ano-calendário.

Como funciona?

São vários os cálculos realizados que compõe a DRE, mas todos eles são referentes às receitas ou despesas da empresa, diferentemente do Balanço Patrimonial que diz respeito aos ativos e passivos da empresa.

As empresas deverão apresentar na DRE os seguintes dados:

  • A Receita Bruta das vendas e serviços prestados, é o volume total de vendas no período;
  • A Receita Líquida das vendas e serviços, é a receita bruta menos impostos, devoluções ou descontos;
  • O CMV, é o Custo por Mercadoria Vendida (é todo o custo de produção, de venda ou de serviço);
  • O Lucro Bruto, é a receita líquida menos o CMV;
  • As Despesas Operacionais, são todas as despesas administrativas (funcionários), comerciais (propaganda), financeiras (empréstimos) e com depreciação (máquinas);
  • A Receita Financeira, são os investimentos da empresa que geram uma renda extra;
  • O Lucro ou Resultado Operacional, é o Lucro Bruto mais a Receita Financeira, menos as Despesas Operacionais;
  • As Despesas Não-Operacionais, são despesas que não estão relacionadas à operação da empresa, um imóvel por exemplo;
  • As Receitas Não-Operacionais, da mesma forma, são receitas além da operação da empresa, como o aluguel do imóvel;
  • O LAIR, que é o Lucro Antes do Imposto de Renda, é o Lucro Operacional mais as Receitas Não-Operacionais, menos as Despesas Não-Operacionais.
  • Provisão sobre I.R., é o imposto de renda calculado sobre o Lucro Antes do Imposto de Renda;
  • O CSLL, que é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que é outro imposto sobre o Lucro Antes do Imposto de Renda;
  • O Lucro Líquido, após pagar os impostos finalmente chegamos ao lucro líquido, é o dinheiro que chegará aos sócios da empresa, inclusive uma parte chegará aos acionistas;

Para que serve a DRE?

A DRE é um documento muito importante para as empresas e também para os investidores, isso porque ele confronta os dados de receitas e despesas do negócio, mostrando o resultado líquido e detalhando a situação operacional da empresa.

Além disso, é um documento que é pedido por bancos e analistas financeiros quando a empresa solicita um crédito para expandir as suas operações ou adotar uma nova estratégia, através da DRE o banco pode decidir se dará o crédito ou não.

O DRE e outras informações sobre as empresas podem ser encontradas no site da B3 ou nos sites de relações com investidores de cada empresa.